Hello, Dear!
The Angel from my nightmare.
The shadow in the background of the morgue.
(Blink-182)
Quando acende-se o luzeiro noturno
E encontra-se a cidade a dormir,
Nestas horas apego-me às aspirações
E a toda a esperança no porvir.
Quando nas ruas desertas ninguém vaga,
Meu pensamento então sai em busca
Daquele que, por vezes, rouba meu sono
E as luzes noturnas ofusca.
Para que permaneça, assim,
A meu lado, emudecido
E parta levando minha insonia
Com o dilúculo surgido.
Para então visitar-me em sonhos
E mais uma vez atar meu coração
E far-me-ver em tantos desvarios
Tentando desprender-me da ilusão.
Quando meus olhos abro
Cansada de tanto vagar,
Com minha tez já manchada
De tanto às sombras confrontar...
Nestas horas tenho ganas em perguntar-te
Por que sempre levas contigo o que sou?
Por que já não tenho sossego
Se me persegues aonde vou?
Por que o tempo verteu-se em meu inimigo?
Por que meus olhos já não podem te encontrar?
Por que não vives junto a mim o castigo,
Dividindo o ingrato fardo de amar?
Nesta fidelidade, sem compromisso,
A qual me prendo, sem exitar,
Tenho sido dele e de mais ninguém...
Ainda que ame, apenas por amar!
Maíra Vanessa