Tantos dias movidos por desespero,
Não há para onde correr.
O mundo é um túnel negro,
Gélido, vazio, feio de se ver.
Não há cores,
Os aromas são desagradavelmente desconhecidos,
Os sabores amargos
E tudo o que toco
desagrada ao meu tato.
Tudo o que penso é contrário a ser feliz.
Tudo o que ouço são melodias melancólicas.
Tudo o que vejo: tristeza.
E já não tenho voz...
Não há rumo, nem luz.
Lágrimas vazias caem na escuridão,
Vozes clamam por socorro
E carrascos impiedosos dizem “Não”.
Já não há boa sorte...
Apenas trevas e temor.
O único caminho é a morte,
Exterminadora de todo sofrimento e dor.