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sábado, 30 de outubro de 2021

SHAKESPEARE, JANE AUSTEN E RAZÃO E SENSIBILIDADE


Olá, caro amigo!

No post de hoje, venho falar de três obras que amo: Razão e Sensibilidade de Jane Austen, Soneto 116 de Willian Shakespeare, unidos no filme Razão e Sensibilidade de 1995.

Sem dúvidas, Willian Shakespeare (Inglaterra, 1564 - 1616) é um dos mais influentes artistas, não apenas de sua época, mas de todos os tempos. Seus poemas, por exemplo, foram e continuam sendo muito mencionados em várias obras de diversos gêneros, sejam livros, músicas, filmes, dentre outras. 

Jane Austen (Inglaterra, 1775 - 1841) é conhecida mundialmente por seus romances, cujas personagens femininas são fortes, com independência de pensamento e opinião e, algumas, até mesmo, irônicas. É minha escritora favorita!

Uma de suas obras que mais gosto é Razão e Sensibilidade (Reason and Sensibility), que em suma, narra a história das irmãs Dashwood. A família é formada pela mãe, Mrs. Dashwood, e suas três filhas, Eleonor, Mariane e a pequena Margaret.


Razão e Sensibilidade de Jane Austen (1811). 

3ª Edição da Martin Claret, 2009. 

Tradução de Roberto Leal Ferreira.


Após a morte do patriarca, Mr. Dashwood, as quatro caem na pobreza, uma vez que elas, devido às leis vigentes à época, não têm direito à herança, devido ao fato de a mãe não ter tido um herdeiro do sexo masculino. Então, passam a viver da mísera doação anual advinda do meio-irmão mais velho, filho do primeiro casamento de Mr. Dashwood, John Dashwood.

Tendo de deixar sua casa e sua posição social, e contando com a ajuda do primo da matriarca, Sir John Middleton, a família muda-se para uma pequena casa em Devonshire, Barton Park, onde Mariane, a irmã do meio, conhece John Willoughby.

O que os une, além de uma tempestade e da mocinha machucada no meio planície sendo salva pelo jovem cavalheiro, é um livro de bolso de poemas shakespearianos que o rapaz sempre carrega consigo, e cujo soneto 116 é o preferido de ambos os recém-conhecidos, que o recitam apaixonadamente.

Ressalto que o poema mencionado é característica da adaptação cinematográfica de 1995, que apresento após o soneto 116:


SONETO 116

(William Shakespeare)


De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.

Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.

Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,

Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.


Veja a cena a seguir:
Razão e Sensibilidade, 1995
Direção: Ang Lee
Roteiro: Emma Thompson, Jane Austen

Sem dúvidas, a união de ambos os autores, Willian Shakespeare e Jane Austen, em uma forma de arte inexistente à época de ambos, o cinema, é algo deslumbrante e que apenas enriquece o trabalho dos dois autores.Eu, particularmente, amei o intertexto, uma vez que dá ainda mais emoção ao filme e, claro, nos impulsiona a conhecer mais de ambos escritores.Agora que você já leu o Soneto 116 e viu uma cena do filme Razão e Sensibilidade, sugiro que assista a esta adaptação cinematográfica, apaixone-se pelas irmãs Dashwood e anime-se a ler as obras de Jane Austen.Depois, me conta o que você achou, para trocarmos impressões.
Maíra Vanessa