Olá, leitores!
Você viu essas novelas? O que achou das trilhas? Temos alguma favorita em comum? Deixe seu comentário.
Olá, leitores!
Hoje, compartilho um poema de Lord Byron (1788-1824), poeta gótico inglês que foi inspiração para sua geração, bem como para um dos meus prediletos, Álvares de Azevedo.
Aqui um dos poemas que mais gosto, cujos últimos versos, tão impactantes, falam muito sobre o amor e sobre a vida.
A Inês
"Se quando um certo alguém
Desperta o sentimento
É melhor não resistir
Hoje acordei pensando em como queria estar com alguém. Não o
alguém etéreo, o alguém ideia, o alguém platônico, mas o alguém real, tangível,
palpável.
Eu gosto tanto de estar sozinha! Sempre gostei da minha
companhia, de ouvir as músicas que gosto sem ter que pular a favorita porque
alguém não gosta; de ver meus filmes preferidos, sem ter que escolher outros, porque os romances não são os preferidos de alguém; de ver minhas novelas
favoritas, sem ter que escolher outro programa, só porque alguém não gosta de
novelas; de ler meus livros quando quero, porque quando se está com alguém
parece impossível passar para a página seguinte.
Eu gosto tanto de estar sozinha! De sair com minhas amigas,
ou amigos, quando me é conveniente. De flertar com os caras que me são
atraentes. De beijar os que valem a pena. De dizer sim quando quero e não
quando me convém, não por lealdade, não por fidelidade, mas por vontade.
Eu gosto tanto de estar sozinha! De me planejar sozinha, de me sentir sozinha, de me ver sozinha. De ver um futuro só meu, que quem decide sou apenas eu, quem tem o controle e organiza e manda sou eu, simplesmente, sem ter que pedir a opinião de ninguém.
Eu gosto tanto de estar sozinha! De gastar meu dinheiro como quero, sem ouvir bobagens
de alguém: “Dior? Não tem creme mais barato? Outra roupa? As suas estão novas! Mais
sapato? Os que têm não são o bastante? Pra que tantos óculos de sol?” “O
dinheiro é meu. Gasto como quiser!”
Eu gosto tanto de estar sozinha...
Mas, quando o alguém é real, quebra nossas pernas. Minha própria companhia já não é o suficiente. Minhas músicas e filmes e novelas e livros... Será que são tão importantes? Minhas amigas, ou amigos, marcam de sair, mas...
tenho algo (alguém) mais importante! Flertes, ficar, caras? Do que você está falando?
Sou fiel por escolha! E passo a planejar, me organizar, a controlar a vida a
partir de uma nova perspectiva, de uma nova opinião. Meu dinheiro? Continua
sendo meu! Gasto para ficar mais bonita para alguém!
Hoje acordei pensando em como queria estar com alguém: aquele alguém real, tangível, palpável, que tem nome, endereço e smartphone.
John Keats (1795 - 1821), um dos expoentes do Romantismo inglês, trata, em suas poesias, temas como a natureza e a beleza. O trecho que escolhi apresentar hoje fala sobre ambos.
Extraído do poema Endymion, a parte destacada aborda sobre os percalços da vida, que são inevitáveis; contudo, o que é belo é suficiente para suavizar tais agruras, alimentar a alma e encher o coração. Essas belezas, referenciadas pelo poeta, encontram-se no que há de mais simples, acessível a todos e sem cobrar nada: na natureza.
Como menciona Keats, o que é belo é perene, tal qual este poema:
O que é belo há de ser eternamente
Uma alegria, e há de seguir presente.
Não morre; onde quer que a vida
breve
Nos leve, há de nos dar um sono
leve,
Cheio de sonhos e de calmo alento.
Assim, cabe tecer cada momento
Nessa grinalda que nos entretece
À terra, apesar da pouca messe
De nobres naturezas, das agruras,
Das nossas tristes aflições
escuras,
Das duras dores. Sim, ainda que
rara,
Alguma forma de beleza aclara
As névoas da alma. O sol e a lua
estão
Luzindo e há sempre uma árvore
onde vão
Sombrear-se as ovelhas; cravos,
cachos
De uvas num mundo verde; riachos
Que refrescam, e o bálsamo da
aragem
Que ameniza o calor; musgo,
folhagem,
Campos, aromas, flores, grãos,
sementes,
E a grandeza do fim que aos
imponentes
Mortos pensamos recobrir de
glória,
E os contos encantados na memória:
Fonte sem fim dessa imortal bebida
Que vem do céus e alenta a nossa
vida.
Não se engane