segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

VENCI MEU PRIMEIRO CONCURSO DE CONTOS

 Olá, queridos leitores!


No dia 22 de Julho do presente ano, inscrevi-me em meu primeiro concurso de contos: o 52° Concurso Nacional de Contos e Poesias Abdala Mameri promovido pela Academia de Letras e Artes de Araguari (ALAA).

Não contei nada para ninguém, uma vez que sou um tanto tímida. 

Qual não foi minha surpresa quando no dia 05 de Novembro recebi o seguinte email:


Fiquei imensamente feliz: Primeiro concurso, Primeiro Prêmio. Estava na escola onde dou aulas. Liguei para minha mãe e mandei mensagem para meus familiares contando a bela novidade. Todos ficaram muito contentes!

Fui à premiação no Club Pica-Pau de Araguari, no último dia 27, onde recebi um certificado e uma promessa de R$1.000,00, prêmio do primeiro lugar. Fui convidada a fazer discurso, que eu já havia preparado anteriormente. 

Foi um belo momento. Logo postarei o meu conto vencedor.

Finalizo dizendo: Acredite em seus sonhos! Eles se realizarão!


Beijos!


Maíra Vanessa

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

EU TE AMO


Eu te amo
Nada mais 
Tenho a declarar
Eu te amo
Assim, amando
Só por amar
Pergunto-me o porquê
Mas não sei a resposta
O que clama meu coração
É que te amo
Puramente
Sem razões lógicas
Sem motivos aparentes
Sem desculpas 
Sem necessidade
Eu te amo
E nada mais
O resto é poesia ao vento

sábado, 20 de novembro de 2021

CONSCIÊNCIA NEGRA


 

O dia de hoje, Dia da Consciência Negra, me faz pensar, dentre tantos temas, sobre meu papel de educadora. Na verdade, tenho pensado sobre isso desde que adentrei o primeiro ciclo do Ensino Fundamental, quando as crianças estão em formação em todos os aspectos da vida: intelectual, social, cidadã etc.

E, em uma aula dessas, falando exatamente sobre Consciência Negra, um aluninho de 7 anos disse: "Eu não tenho preconceito. O 'Alex' é negro e eu sou amigo dele". Ali, eu vi o quanto o "Alex" ficou desconfortável com a afirmativa. Sim: eles são melhores amigos! Contudo, nesse momento, eu presenciei a reprodução do racismo estrutural. Obviamente, pensemos, amigos, uma criança, nesta fase da vida, não é capaz de formar tais opiniões, especialmente, as racistas. Ela tão somente reproduz o que aprende.

O racismo existe! É fato. E a data de hoje deve servir de reflexão para todos, como sociedade, de maneiras de acabar com a segregação racial que se replica em nossas casas, em nossas escolas, em nossos trabalhos, no cotidiano, incessantemente. Não é apenas nos jornais que acontece, com pessoas desconhecidas, o que, por si só, já deveria nos alarmar e nos motivar a fazer algo para mudar essa realidade escancarada; mas, para além disso, o racismo acontece no cotidiano das pessoas que conhecemos, que amamos, todavia, ainda fechamos os olhos.

Pensemos, como sociedade, se estamos sendo reprodutores de racismo. E, como educadores - que todos somos, não apenas os graduados -, o que estamos ensinando às futuras gerações.

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Sinto tanto a falta tua

 

Sinto tanto a falta tua

Onde é que estarás agora?

Com quem estarás agora?

Se não estás aqui, comigo?


Será que tens, em algum momento,

No meio de teu dia atribulado,

Sobre mim, um mísero pensamento

Ainda que estejas de mim afastado?


Será que me vês na rua,

Perdida entre a multidão?

Será que sou distração em tua mente 

Quando escutas alguma canção?


Será que me imaginas 

Como a mocinha do teu livro preferido?

Tendo-te como o grande herói 

Ao salvar-me do inimigo?


Será que sou a mulher que sonhas 

Dando-te um beijo apaixonado?

Será que um dia pensaste

Em como seria ter-me ao teu lado?


Será que nunca notaste 

Que mais do que pude dizer eu te queria

Será que nunca pensaste

Que em meu coração só a ti caberia?


Sinto tanto a falta tua

Onde estás que não estás comigo?

Sinto tanto a falta tua...

Infindável saudade!



quinta-feira, 18 de novembro de 2021

ANTROPOFAGIA

 

A rede 

Embaixo da palmeira

O sol acima do céu

Embaixo dele

O mar azul

Tão azul quanto

Os olhos teus


Deus de minha vida

Inventor de minha alma

Dono do meu corpo

De tudo o que é meu

De ti fiz poesia

A mais bela melodia

Que embala os sonhos

E os devaneios meus


Não há vida fora de ti

Fora de ti não há 

Nem mesmo ilusão

Nesta gana de amar-te 

Sem medida

Comeria eu de pronto

Teu coração


Devoro teu corpo

Tua alma, tua vida

Tudo teu

Todo meu


A areia embala os corpos

Na rede já molhada

Da água então salgada

Mistura de suor e mar


A palmeira é a 

Mais sublime testemunha

Do sol, da rede, das ondas

Do amor, do ritmo

Da maresia

Adão e Eva 

Paraíso

Antropofagia!


Maíra Vanessa

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

ADEUS

 

Fui ver-te e não me recebeste

Que queres tu fugindo de mim?

Mandei-te mensagem, não me respondeste

Que fiz eu para tratares-me assim?


A ti dediquei uma canção

A mais bela que jamais escrevi

A ti dediquei meu coração

Mesmo partindo-o tu, não desisti.


E dia e noite, noite e dia

Ofereci-te o meu amor sem nada pedir em troca

Sem desconfiar da covardia

Que teus antigos amores te provocam.


Já não posso mais amar-te

Sem exigir-te os carinhos teus

Se não podes d'alguma forma amar-me

Apenas resta-me dizer-te adeus!


Maíra Vanessa

terça-feira, 16 de novembro de 2021

DOS QUE ME PROCURAM


Dos que me procuram
De todos
És o único que eu queria 
Que me notasse
Falo contigo
Contudo, finges não me ouvir
Quando me respondes
São palavras genéricas...
O que eu queria de ti
Afora tuas respostas
Tão sinceramente educadas
Seria uma confissão
Que me queres
Como quero-te
Que sonhas comigo
Como contigo tenho sonhado
Que me amas
Tão sofregamente
Quanto tenho te amado
Seu amor apenas
Completo, único, fiel
É o que desejo!
Mais nada
Peço à vida.

sábado, 13 de novembro de 2021

O PARDALZINHO - MANUEL BANDEIRA

Olá, amigo leitor!

O poema que trago hoje, é mais um de minha infância, que não precisa de explicação.

Falamos tanto em liberdade, contudo, questiono-me se não tenho estado presa a preconceitos antigos, a padrões pré-definidos, ao conforto de uma falsa estabilidade. 

Deixo para você essa provocação: você tem dado valor à liberdade? O que tem quebrado suas asas e te impedido de voar? Liberte-se!




O PARDALZINHO

Manuel Bandeira

O pardalzinho nasceu
Livre. Quebraram-lhe a asa.
Sacha lhe deu uma casa,
Água, comida e carinhos.
Foram cuidados em vão:
A casa era uma prisão,
O pardalzinho morreu.
O corpo Sacha enterrou
No jardim; a alma, essa voou
Para o céu dos passarinhos!


quinta-feira, 11 de novembro de 2021

EU ODEIO COMEÇOS

Eu odeio começos! 

Começos de filmes, quão enfadonhos são! Aquele começo chato musical, suspense, quem são os personagens? Quais seus nomes? Onde moram? Qual a história? Eu odeio os primeiros 20 ou 30 minutos de filme. Mas, quando começa a entrar na história... Ah! Como eu amo a história que se desenha, que se avizinha, que se desvenda!

Eu odeio começos!
Começos de conversas, quão enfadonhas são! Hoje está tão calor... Mas, diz o jornal que vai chover no fim de semana... Eu nem gosto de chuva, mas está precisando. Como são chatos os começos de conversa, especialmente, com estranhos, em ubers, em filas. Filas já são tão enfadonhas... Início de conversa com estranho em fila então! E, quando a conversa está ficando interessante, que começamos a conversar intimamente sobre uma série ou livro ou término de relacionamento: SENHA BNH382. Até logo, caro novo amigo que, com sorte, nunca mais verei.

Eu odeio começos!
Começos de escritas, quão desmotivantes são! Não tenho a ideia... Tenho a ideia, mas não sei como começar... Tenho o começo, mas não sei a próxima linha... E assim vai até umas três ou quatro tentativas de ideias, de inícios. Até que a história emenda, o poema rima e tudo flui. Sim, gostei do final!

Eu odeio começos!
Começos em trabalhos... nova vida, nova profissão, quão desimpolgantes são! Conheça fulano, este é cicrano, este departamento te ajudará nisso... não é desse jeito e nem desse outro... tente assim... não saia... não entre... não chegue cedo... não chegue tarde... não vá embora... você ainda está aqui? Mas, quando já conhecemos as pessoas e os procedimentos, que satisfação é cumprir nossa missão!

Eu odeio começos!
Começos de canções desconhecidas, quão chatas são! A avidez por conhecer... Como será o refrão? Do que fala a música? Qual a parte mais gostarei? Por isso, prefiro as musicas as quais já conheço os começos de cor, que já são uma extensão da minha vida, da minha alma!

Eu odeio começos! 


Mas, de todos os começos, os que mais odeio são os começos de amores. E quão enfadonhos são! Devo ligar ou não? Posso procurar ou não? Devo dizer isso ou não? Esse assunto é bom para essa fase ou não? Devo contar este segredo ou não? Devo falar do meu ex? NÃO! Dos meus sonhos e projetos? NÃO! Pode assustá-lo! 

Ah! Começos de amores, quão enfadonhos são! Por isso, atrevo-me a pensar, que não há mais espaço em minha vida para novo amor, nem para velho amor, nem para amor nenhum. Minha alma é poética, e escreve para alguém imaginário, que nunca existirá. É bom amar de mentira! Mas, meu cérebro é racional, e ele me domina. E como odeia inícios, decidiu que é melhor viver no conforto e na paz de não amar ninguém. 

E, viva a liberdade de não precisar viver de eternos começos!

Maíra Vanessa

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

VOU A MONTE VERDE


Vou a Monte Verde
Buscar uma prímula 
Para você
Coma o doce
Doce é meu amor
A vida é mel
Pão de mel, chocolate
Doce de leite e licor
A vida é sementeira
Belos montes, paisagens
Frio, chuva, 
Vinho, lareira

Vou a Monte Verde
Buscar nova vida
Para você
Quem sabe não 
Me acompanha?
Quem sabe não
Paga para ver
Que a vida pode
Ser bem mais
Feliz comigo?
Bem mais leve
Leve e doce
Como uma prímula

Vou a Monte Verde
A prímula me espera
A prímula é 
Para você que
Tem gosto de 
Primeiro amor
O amor está guardado
Bem lá no chalé
Aguardando por nós
Ah! Doce Monte Verde!

Maíra Vanessa