quarta-feira, 5 de junho de 2013

Caso

 "O meu amor 
tem um jeito manso que é só seu
Que me deixa maluca, 
quando me roça a nuca 
e quase me machuca 
com a barba mal feita."

(Chico Buarque)



Ela caminha cheia de charme
Salto alto, unha feita, maquiada
Todos a olham quando ela passa
Exalando perfume, desfilando apressada.


O mundo todo observa a mulher-moça,
Conquista dos lábios (e da lábia)
De um tal rapaz tão sedutor.
E ela sabe o que a espera naquele quarto
Olhos castanhos, boca vermelha, 
Champagne, buquê de flor.


Ela cruza a rua a passos apertados
Toma-lhe conta o frio na espinha
Está prestes a encontrar seu amado
E dele ouvir poucas e doces palavras
"És toda minha!"



Adentra o recinto tão familiar.
Não há saudação que lhe impeça
De cair nos braços de seu Romeu
Agora... Já!


E são beijos, carícias, abraços
Olhos nos olhos. Braços são laços.
Batidas cruzadas, corações entrelaçados
E já não são dois.


Não há mais "poréns"
Já não há dor
Tudo ao redor conspira, suspira,
Inspira amor.



Nos braços do amado nada mais tem valor
Apenas o fato de não pertencer a si.
Nada mais existe a não ser seu homem,
E entre ambos apenas a felicidade...
Tristeza e dores de espera somem.



O amanhã não importa,
Se novamente tudo se encontrar
Por trás daquela porta
Traduzido em sussurros, silêncio...
Amar!



Ela calça os saltos, retoca o batom e vai.
A felicidade grita em cada parte de seu ser.
Sim! Ela é amada!
Mas, ninguém precisa saber.


(Maíra Vanessa)



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