Encontrei a seguinte mensagem/carta/reflexão - que eu mandaria ou mandei para alguém - em meio aos meus escritos.
É interessante a gente revisitar nossa história e ler nossos sentimentos com olhar de expectador.
O texto é de 2011. São exatos 10 anos! E como eu mudei! E como tudo mudou!
No fim, fica uma pergunta: o que resta em mim da garota de 10 anos atrás?
O que resta em você do que você foi um dia? Revisite suas histórias!
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DE 2011
Antes de ontem eu fui à missa e na comunhão cantaram a
música que você sempre pede para cantarmos:A Barca.
Ontem, tive uma surpresa ao ver você tocando na missa, não porque você estava tocando, mas porque cada nota, cada acorde que você tocava, tocavam minha alma como eu nunca havia sido tocada.
E hoje, durante a madrugada,
eu lutava comigo mesma para dormir e não conseguia. Então, ao invés de ir para o PC,
liguei a TV (1:26) e estava passando o Programa do Jô. E quem estava sendo
entrevistado? Oswaldo Montenegro, que você tanto ama. E ele cantou, magnificamente, uma música que eu
nunca havia escutado: A Lista.
E o que me chamou mais a atenção foi o seguinte
verso:“Quantos amigos você jogou fora?”
Eu havia tomado a decisão de me afastar de
você, por muitos motivos, mas, principalmente, por sábado. É difícil fazer isso
quando a gente é bem próxima de uma pessoa e conhece gostos e desgostos, porque,
querendo ou não, uma música, uma cena ou uma circunstância nos faz lembrar da
pessoa.
E foi isso o que aconteceu nos últimos dias: uma porção de coincidências
imbecis, mas que me fizeram ver que um dia não pode mudar uma história.
Bem... O que quero dizer é que você pode não se importar, e eu sei que para você tanto faz, mas eu me
importo.
E posso ser imatura, impulsiva e algumas vezes até mal educada,
fazendo coisas ou dizendo coisas e não medindo as consequências... Infelizmente,
eu não sou perfeita e não sei fingir que estou bem quando não estou, eu não sei
ignorar grosserias (e você foi até um pouco estúpido comigo) e eu não sei levar
desaforo para casa.
Mas, eu sei reconhecer quando erro. Talvez esse tanto de
palavras não façam sentido para você... não signifiquem nada. Eu sei que isso tudo não
significa nada para você. Mas, significa para mim. Talvez você me ache uma boba. Pode me
achar. Eu estou me sentindo assim.Mas, eu
vivo num mundo paralelo onde poucas pessoas conseguem me encontrar.
Tem
momentos que eu acho que você está me encontrando,afinal, “somos tão iguais”. Mas, de algum modo, parece que você anda vendo
apenas o pior em mim. “A culpa é toda sua e nunca foi”.Se nada fizer sentido, tudo bem. O importante aqui
é que quero dizer que, mesmo você não se importando, eu me importo com você. E, por
enquanto, isso basta!
Hoje resolvi trazer algo diferente para o blog: música e novela!
Não é novidade que eu gosto bastante de novelas. Parte da minha cultura musical é proveniente de boas trilhas, de quando as novelas também eram ótimas.
Não me recordo qual foi a última novela que assisti "ao vivo". Creio ter sido alguma bíblica da Record.
Contudo, amo as novelas mais antigas, aquelas até o final dos anos 2000.
Por isso, neste post inaugural de Trilhas, vou elencar 5 músicas favoritas minhas, de novelas que assisti, das décadas de 1970-1980.
ESCRAVA ISAURA (1976) - Prisioneira
Apesar de não ter assistido na íntegra esta novela, já que há apenas partes disponíveis na internet, ainda assim dá para ver a história da escrava branca, seus percalços, história de amor e busca pela liberdade e, claro, aproveitar a trilha sonora.
Desta novela, a música que escolhi foi Prisioneira de Elizeth Cardoso, tema de Isaura, interpretada por Lucélia Santos, e que é um verdadeiro poema, um hino à dor de cotovelo.
ÁGUA VIVA (1980) - 20 e poucos anos
A música que mais gosto da trilha de Água Viva é 20 e poucos anos, do cantor Fábio Júnior, sendo esta tema do próprio, que interpretou o personagem Marcos, fazendo par romântico com Lucélia Santos, cuja personagem era Janete.
Quem não tem saudade da pouca sabedoria dos 20 e poucos anos? Eu tenho!
RODA DE FOGO (1986) - Segredo
Aqui, uma novela que estou assistindo, mas cuja trilha já me capturou completamente, desde a abertura. Contudo, a que mais amo até o momento é Segredo de Djavan, que, como todas as músicas do cantor, é repleta de poesia e sentimento.
A canção é tema de Telma (Joana Fomm).
"Se o amor é breve, deixa nascer pra ver".
SINHÁ MOÇA (1986) - Depois da Primeira Vez
Que novela maravilhosa essa, não? Eu a assistiria quantas vezes passassem. Amo demais. E, desta novela, a música que mais amo e amo bastante, é Depois da Primeira Vez de Toninho Negreiro, tema de Juliana (Luciana Braga), apaixonada por Rafael (Raymundo de Souza).
Essa música me traz um sentimento nostálgico, aquela dorzinha confortável.
VALE TUDO (1988) - Faz Parte do Meu Show
Quem não ama Cazuza, né? Esta é uma das músicas que mais amo do cantor e, olha que curiosidade, foi a música mais tocada no ano em que eu nasci, 1988, ano de estreia de Vale Tudo.
Será que tem algo a ver eu gostar tanto de Cazuza?
Faz Parte do Meu Show foi tema dos personagens Afonso (Cássio Gabus Mendes) e Solange (Lídia Brondi). Quem não torceu para que ficassem juntos? Eu torci!
Você viu essas novelas? O que achou das trilhas? Temos alguma favorita em comum? Deixe seu comentário.
Hoje, compartilho um poema de Lord Byron (1788-1824), poeta gótico inglês que foi inspiração para sua geração, bem como para um dos meus prediletos, Álvares de Azevedo.
Aqui um dos poemas que mais gosto, cujos últimos versos, tão impactantes, falam muito sobre o amor e sobre a vida.
Hoje acordei pensando em como queria estar com alguém. Não o
alguém etéreo, o alguém ideia, o alguém platônico, mas o alguém real, tangível,
palpável.
Eu gosto tanto de estar sozinha! Sempre gostei da minha
companhia, de ouvir as músicas que gosto sem ter que pular a favorita porque
alguém não gosta; de ver meus filmes preferidos, sem ter que escolher outros, porque os romances não são os preferidos de alguém; de ver minhas novelas
favoritas, sem ter que escolher outro programa, só porque alguém não gosta de
novelas; de ler meus livros quando quero, porque quando se está com alguém
parece impossível passar para a página seguinte.
Eu gosto tanto de estar sozinha! De sair com minhas amigas,
ou amigos, quando me é conveniente. De flertar com os caras que me são
atraentes. De beijar os que valem a pena. De dizer sim quando quero e não
quando me convém, não por lealdade, não por fidelidade, mas por vontade.
Eu gosto tanto de estar sozinha! De me planejar sozinha, de
me sentir sozinha, de me ver sozinha. De ver um futuro só meu, que quem decide
sou apenas eu, quem tem o controle e organiza e manda sou eu, simplesmente, sem
ter que pedir a opinião de ninguém.
Eu gosto tanto de estar sozinha! De gastar meu dinheiro como quero, sem ouvir bobagens
de alguém: “Dior? Não tem creme mais barato? Outra roupa? As suas estão novas! Mais
sapato? Os que têm não são o bastante? Pra que tantos óculos de sol?” “O
dinheiro é meu. Gasto como quiser!”
Eu gosto tanto de estar sozinha...
Mas, quando o alguém é real, quebra nossas pernas. Minha própria companhia já não é o suficiente. Minhas músicas e filmes e novelas e livros... Será que são tão importantes? Minhas amigas, ou amigos, marcam de sair, mas...
tenho algo (alguém) mais importante! Flertes, ficar, caras? Do que você está falando?
Sou fiel por escolha! E passo a planejar, me organizar, a controlar a vida a
partir de uma nova perspectiva, de uma nova opinião. Meu dinheiro? Continua
sendo meu! Gasto para ficar mais bonita para alguém!
Hoje acordei pensando em como queria estar com alguém: aquele alguém real, tangível, palpável, que tem nome, endereço e smartphone.
John Keats (1795 - 1821), um dos expoentes do Romantismo inglês, trata, em suas poesias, temas como a natureza e a beleza. O trecho que escolhi apresentar hoje fala sobre ambos.
Extraído do poema Endymion, a parte destacada aborda sobre os percalços da vida, que são inevitáveis; contudo, o que é belo é suficiente para suavizar tais agruras, alimentar a alma e encher o coração. Essas belezas, referenciadas pelo poeta, encontram-se no que há de mais simples, acessível a todos e sem cobrar nada: na natureza.
Como menciona Keats, o que é belo é perene, tal qual este poema: