Este poema foi escrito no ano passado e mostrei-o a um amigo que o odiou. Gostei que ele não tivesse gostado. Contudo, é um poema que particularmente gosto, pois fala de um rapaz real e, como meu amigo mesmo disse, é um poema infantil. Atingi, assim, meu intento.
Então, seja lá quem for Bruno (sei bem quem é!), foi-me inspiração, poesia e suspiros!
BRUNO
Quando olho seus
verdes olhos
A olharem-me (quisera que em mim se perdessem)
Penso na leveza que tem Bruno
Na leve dança que me leva sem piscar.
Quando ouço a voz macia em seus lábios
A contar-me por onde andam
a passear
Penso na malícia que tem Bruno
A beijar-me sem que esteja a me beijar.
Quando vejo suas mãos a agitarem-se
Firmes, concentradas, sem cessar
Penso que seja Bruno poeta
E que sua poesia, um dia, venha a me encontrar.
Quando escuto passos no silêncio
Perdida em sonhos, a vagar
Penso que pudera ser Bruno
Que viera correndo me buscar.
Quando lembro que Bruno passou
E consigo levou meu coração
Penso que talvez Bruno seja
Apenas e somente uma ilusão.
(Maíra Vanessa)
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