Fonte: Google Imagens*
E
passa-se o tempo e começamos a descobrir duras verdades. A primeira delas é que
o tempo realmente passa. Dos 5 aos 15... dos 15 aos 25... e quando percebemos
já ficamos para trás. Isso me causa medo!
Depois,
descobrimos que todos acabam indo embora, de uma forma ou de outra, quando não
somos nós mesmos quem vamos. Alguns tentam adiar a partida. Outros, para que
adiar?
Descobrimos
que para sobreviver é preciso ser herói, heroína, matar um leão por dia e
dormir em cima de árvores. E ter muito cuidado quando se está no chão: sempre
há alguém para puxar nosso tapete!
Então,
descobrimos que somos imperfeitos. Não
uma imperfeição simples. Uma imperfeição complexa, que começa na imperfeição de
um e se estende na imperfeição do outro, numa corrente imperfeita sem fim.
Fazemos escolhas equivocadas, tomamos caminhos errados, mas, afinal, a culpa é
de quem? E descobrimos que não há culpados. Ah! Eternos aprendizes com mestres
em construção. Hora sou aprendiz-aprendiz e hora sou aprendiz-mestre, ou seria
mestre-aprendiz? E, deste modo, vamos espalhando nossas teorias incompletas e
nossas práticas teóricas.
Descobrimos
que nunca estamos satisfeitos, que sempre queremos mais. Queremos o que não
podemos ter. O que temos já não nos interessa. Saiu de moda, não serve mais. “Quem
vive de passado é museu”... e, que belo museu nos tornamos. Museu de dívidas,
de pensamentos ruins, de decepções, mágoas, raiva, intranquilidade,
infelicidade, depressão! As montanhas são tão atraentes quando estamos no
litoral!
Descobrimos
que só a chuva cai do céu. Mas, ainda assim, a água tem todo um trabalho para evaporar
e formar nuvens, para, então, ser chuva. E, o quão gratificante deve ser chuva!
Chuva de verão, chuva torrencial, garoa, temporal! Chuva tão esperada e
reclamada aos santos. Chuva surpresa, coisa de São Pedro! Relâmpagos, raios.
Raio de sol, arco-íris. Filme, cama, chocolate e alguma coisa que faz falta... e
continuará fazendo.
Descobrimos que somos uma ilha dentro de nós mesmos. Uma ilha
imensa, tenebrosa, desconhecida. Mata serrada. Acompanhados, estamos sós. Sós
estamos mais sós ainda.
Precisamos de pessoas ao nosso lado para disfarçar nosso medo de
nos encontrar conosco mesmos na plenitude de nosso ser. Precisamos da TV ligada para as paredes. Precisamos de música no último volume. Tudo isto porque temos medo de nos
escutar. Temos medo de nos conhecer.
Passamos a vida analisando as pessoas, seus defeitos e virtudes,
seu caráter, e não olhamos para nós mesmos. Passamos a vida correndo atrás da
melhor roupa, do melhor carro, da melhor casa, da melhor comida, do melhor
corpo. Acumulamos riquezas e nos esquecemos de que “tudo passa”.
Disfarçamos nossas frustrações comprando e comprando e comprando e... esquecemos que frustrar faz parte do crescer. Sim! Temos medo de crescer e temos
medo da liberdade que o crescimento nos confere. A prisão é cômoda. Não é boa, mas é cômoda.
Somos tortos, cabeça dura, erramos bastante, mas também
acertamos. Descobrimos duras verdades e a maior delas é que podemos ser nossa
melhor ou nossa pior companhia. Só precisamos escolher um lado.
Maíra Vanessa
*Todas as imagens foram recolhidas de fontes externas e todos os direitos são reservados aos seus autores. Imagem extraída de: google.com.br >> Imagens, docerefugio.blogs.sapo.pt, em 09/01/2013.
Que perfeito, minha querida!!!!!
ResponderExcluirEu não disse? Taí uma escritora talentosa, autora de mão cheia!!! Graças a Deus que você decidiu do casulo. rsrs
Simplesmente gostei demais, e vou ficando.
Continue nos brindando com esses textos fantásticos, e esse modo sábio e lindo de ver a vida, Maíra!!!
Sucessos sempre!!!
Abraços