quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Duras verdades


Fonte: Google Imagens*


E passa-se o tempo e começamos a descobrir duras verdades. A primeira delas é que o tempo realmente passa. Dos 5 aos 15... dos 15 aos 25... e quando percebemos já ficamos para trás. Isso me causa medo!

Depois, descobrimos que todos acabam indo embora, de uma forma ou de outra, quando não somos nós mesmos quem vamos. Alguns tentam adiar a partida. Outros, para que adiar?

Descobrimos que para sobreviver é preciso ser herói, heroína, matar um leão por dia e dormir em cima de árvores. E ter muito cuidado quando se está no chão: sempre há alguém para puxar nosso tapete!

Então, descobrimos que somos imperfeitos.  Não uma imperfeição simples. Uma imperfeição complexa, que começa na imperfeição de um e se estende na imperfeição do outro, numa corrente imperfeita sem fim. 

Fazemos escolhas equivocadas, tomamos caminhos errados, mas, afinal, a culpa é de quem? E descobrimos que não há culpados. Ah! Eternos aprendizes com mestres em construção. Hora sou aprendiz-aprendiz e hora sou aprendiz-mestre, ou seria mestre-aprendiz? E, deste modo, vamos espalhando nossas teorias incompletas e nossas práticas teóricas.

Descobrimos que nunca estamos satisfeitos, que sempre queremos mais. Queremos o que não podemos ter. O que temos já não nos interessa. Saiu de moda, não serve mais. “Quem vive de passado é museu”... e, que belo museu nos tornamos. Museu de dívidas, de pensamentos ruins, de decepções, mágoas, raiva, intranquilidade, infelicidade, depressão! As montanhas são tão atraentes quando estamos no litoral!

Descobrimos que só a chuva cai do céu. Mas, ainda assim, a água tem todo um trabalho para evaporar e formar nuvens, para, então, ser chuva. E, o quão gratificante deve ser chuva! Chuva de verão, chuva torrencial, garoa, temporal! Chuva tão esperada e reclamada aos santos. Chuva surpresa, coisa de São Pedro! Relâmpagos, raios. Raio de sol, arco-íris. Filme, cama, chocolate e alguma coisa que faz falta... e continuará fazendo.


           Descobrimos que somos uma ilha dentro de nós mesmos. Uma ilha imensa, tenebrosa, desconhecida. Mata serrada. Acompanhados, estamos sós. Sós estamos mais sós ainda.


Precisamos de pessoas ao nosso lado para disfarçar nosso medo de nos encontrar conosco mesmos na plenitude de nosso ser. Precisamos da TV ligada para as paredes. Precisamos de música no último volume. Tudo isto porque temos medo de nos escutar. Temos medo de nos conhecer.

Passamos a vida analisando as pessoas, seus defeitos e virtudes, seu caráter, e não olhamos para nós mesmos. Passamos a vida correndo atrás da melhor roupa, do melhor carro, da melhor casa, da melhor comida, do melhor corpo. Acumulamos riquezas e nos esquecemos de que “tudo passa”.

Disfarçamos nossas frustrações comprando e comprando e comprando e... esquecemos que frustrar faz parte do crescer. Sim! Temos medo de crescer e temos medo da liberdade que o crescimento nos confere. A prisão  é cômoda. Não é boa, mas é cômoda.

Somos tortos, cabeça dura, erramos bastante, mas também acertamos. Descobrimos duras verdades e a maior delas é que podemos ser nossa melhor ou nossa pior companhia. Só precisamos escolher um lado. 

Maíra Vanessa

*Todas as imagens foram recolhidas de fontes externas e todos os direitos são reservados aos seus autores. Imagem extraída de: google.com.br >> Imagens, docerefugio.blogs.sapo.pt, em 09/01/2013.

Um comentário:

  1. Que perfeito, minha querida!!!!!

    Eu não disse? Taí uma escritora talentosa, autora de mão cheia!!! Graças a Deus que você decidiu do casulo. rsrs

    Simplesmente gostei demais, e vou ficando.

    Continue nos brindando com esses textos fantásticos, e esse modo sábio e lindo de ver a vida, Maíra!!!

    Sucessos sempre!!!

    Abraços

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